segunda-feira, 25 de julho de 2011

Terror nórdico

As vezes fico impressionado com a capacidade dos seres humanos se tornarem fanáticos. Religião, política, futebol, música, enfim... Qualquer área que possibilite pluralidade de opiniões se torna campo para extremismos e radicalismos.
O nazi-facismo se foi, a guerra fria está apenas nos livros, os países da antiga Iugoslávia são independentes e, mesmo assim, posições políticas ainda se tornam pano de fundo para ações terroristas. Vira e mexe, os movimentos ultradireitistas ganham força na europa. A xenofobia e o anti-comunismo são recorrentes na juventude desses países. Os dois ataques em Oslo deixam claro que o ideal nazista ainda está vivo. O velho fantasma que assombrou a Europa no século passado voltou e está ganhando força no seio da juventude ariana.
Anders Behring Breivik, um típico homem nórdico, ex-membro do partido do progresso, confessa que matou 76 pessoas mas não se considera criminalmente culpado. Explodir um carro bomba e atirar em jovens do partido trabalhista é tido por ele como "forma de salvar o país". Talvez esta realmente seja a atitude mais brutal do nazismo desde Adolf Hitler. A Noruega convive agora com a afirmação de que as mortes foram culpa do governo, que não impediu a imigração de muçulmanos.
Oslo, com seus baixos índices de violência, não estava preparada para estes ataques, a polícia demorou e até a contagem dos mortos está confusa. O partido trabalhista norueguês e sua política social-democrata sofreu o pior ataque ao país desde a segunda guerra. O terror chegou ao norte da Europa.
Esta história, que mais parece de filme de terror, ainda tem mais uma parte trágica...
A pena máxima que este terrorista pode pegar é 21 anos de prisão, tendo, pelo menos, direito a um novo julgamento depois disto. Vamos esperar por novas leis depois desta chacina. Não apenas na Noruega, mas que o mundo aprenda e aplique leis mais severas contra atos deste tipo.
O mundo está de luto...

André Salles

Um comentário:

  1. É importante que possamos ver além dessa nova faceta mundial maquiada escondida nos porões de uma sociedade ainda preconceituosa, o Neo-facismo. O perigo ainda é grande e o desejos e sentimentos xenófobos estão fortemente presentes. O que muda, e é com isso que temos que nos preocupar, é que eles não tem mais, pelo menos ainda não, é a força política. Que continue assim: sem poder, sem força pra instaurar um novo terror.

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