sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O futuro nebuloso das nossas crianças


Particularmente, eu ando muito preocupado com a situação educacional do Brasil. Comprovando meus medos, ontem foi divulgado o resultado da prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização). Simplesmente 57,2% dos alunos do 3º ano – antiga 2ª série – não conseguem calcular o troco em uma compra. É preocupante também a falta de capacidade de compreensão da leitura. Apenas 56,1% dos alunos da mesma idade entende o que está lendo em um texto.
Meu Deus, onde andam as pessoas que deveriam zelar pelo futuro de nossas crianças? O que estão fazendo os responsáveis pela educação do Brasil?
Chegamos, literalmente, ao fundo do poço. Daqui a 10 anos seremos uma nação de analfabetos. Desde meus tempos de escola se instaurou a política de não reprovação. Obviamente, este passo colocou os índices de aprovação nos melhores patamares, mas esta medida é uma temeridade. Hoje, estamos colhendo os frutos de normas que maquiaram a realidade do nosso ensino.
De uns tempos pra cá, as escolas ficaram engessadas em seus conteúdos programáticos e, o que já era chato na minha época, hoje ficou insuportável. Não existe estímulo para os alunos, ninguém está interessado em estudar porque os professores dão as mesmas aulas de 50 anos atrás. O mundo mudou e o nosso sistema educacional parou no tempo. As novidades que vieram nos últimos anos foram medidas atrapalhadas que só aceleraram a degradação do nosso ensino.
Já passou da hora de haver uma reforma educacional no Brasil. Não podemos mais admitir que pessoas se formem sem o mínimo conhecimento escolar. Se querem realmente fazer desta nação um país de 1º mundo, é preciso olhar com mais carinho para nossas questões básicas. Educação e saúde são os patamares de uma sociedade saudável.
Não há mais tempo para promessas, nossas crianças precisam de uma boa educação agora. Afinal, elas são o futuro!

André Salles

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O poder da mulher brasileira


Quem diria meus amigos, a revolucionária perseguida, presa e torturada algumas décadas atrás foi considerada pela revista Forbes nesta quarta-feira a terceira mulher mais poderosa do mundo. Tida como guerrilheira durante os anos 70, Dilma Vana Roussef comanda, hoje, a 7ª economia do planeta.
Independente de ser contra ou a favor do governo, fico feliz de ver uma mulher no cargo mais alto de uma nação com essência tão machista. As eleições do ano passado coroaram este avanço do nosso povo. Pela primeira vez nos deixamos governar pelo sexo feminino.
Hoje, quando ouvi a divulgação do ranking das mulheres mais poderosas, fiquei satisfeito por ver o nosso país tão bem colocado no cenário mundial. Assistindo a uma palestra na internet do Dr. Mario Sérgio Cortella, descobri que o 1º dia deste ano foi simbólico para o Brasil. Pela primeira vez nos mais de 500 anos de nossa história conseguimos empossar consecutivamente 3 presidentes eleitos democraticamente. Isso, sim, é uma vitória.
Penso que independentemente das escolhas que um povo faça, ter o direito de decidir é sempre a melhor opção. Sendo essencialmente a favor da democracia, fiquei feliz demais de passarmos mais uma vez por um processo democrático sem nenhuma ameaça à liberdade. Cada vez mais nos afirmamos como uma nação sólida e que respeita os direitos civis da população.
Talvez poucos se lembrem do fato que mais me marcou na posse da nova presidente do Brasil. O momento que a Dilma passa em revista as tropas e se torna “comandante-em-chefe” das forças armadas foi emblemático pra mim. A mulher tão duramente maltratada pela ditadura se tornava chefe suprema dos militares. A quebra de protocolo e o beijo na bandeira nacional me fizeram chorar. Naquele momento, nos lembrávamos que a democracia venceu a opressão.
Daqui a 3 anos voltaremos às urnas para escolher um novo presidente. Até lá, precisamos esquecer em quem votamos e torcer para que a nossa governante faça um bom trabalho, afinal, agora ela é a presidente de todos os brasileiros. Democracia é, acima de tudo, querer o melhor para a nossa pátria.
Viva o país do futuro!

André Salles

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A voz das cartas


Voltando à ativa depois de três dias. A faculdade recomeçou e tudo ficou corrido de novo, mas vou tentar separar um tempinho para falar do que tem acontecido de mais relevante. Hoje vivi uma experiência interessante e achei que seria um bom tema pra debatermos aqui.
Logo de manhã, um amigo me convidou pra acompanha-lo até uma cartomante. Como acredito que a gente precisa conhecer as coisas antes de falar, eu fui. Saí daqui lá pelas 3 da tarde e, cético como sempre, passei todo o trajeto imaginando como se processava aquela leitura. Como poderiam as cartas revelar o nosso futuro?
Quem nunca foi, imagina um milhão de coisas: Um lugar sombrio com um monte de badulaques e uma senhora cheia de penduricalhos com ar de bruxa onipotente. Para minha surpresa, chegamos a uma casa comum. Pessoas cozinhando, assistindo futebol e uma adolescente com aquelas músicas irritantes no celular. Fomos atendidos por uma senhora de cabelos brancos com aquele jeitinho de avó, uma simpatia.
Ali mesmo, em uma mesinha no quintal ela abriu as cartas para o meu amigo. Fiquei em um banco esperando, ouvindo e meditando sobre as palavras da cartomante. Amor, trabalho, saúde, enfim... Tudo foi abordado, e meu amigo saiu com aquele ar de esperança e compreensão.
Contrariando o meu ceticismo, resolvi saber o que as cartas me guardavam. Fiquei ali ouvindo à senhora por algum tempo. Outra vez os temas se passaram e eu com meus questionamentos sobre a racionalidade daquele fato. Acabaram-se as revelações, o baralho foi fechado, nos despedimos e viemos embora.
Passei o resto da noite me indagando sobre o que tinha vivido e cheguei a uma conclusão. Não me importa se daqui a um ano tudo será como foi dito. Se aquela senhorinha de cabelos brancos errar, tudo bem. As frases que ela me disse me fizeram refletir e os conselhos foram enriquecedores. Sua sabedoria me deixou com vontade de ficar ali, batendo papo por horas.
Acreditando ou não, valeu à pena por me fazer lembrar o quanto é importante dar valor às coisas simples. Se as cartas dizem alguma coisa? Também tenho esta questão. O que me marcou mesmo foi poder relembrar que a nossa felicidade só depende de nós.

André Salles