terça-feira, 23 de agosto de 2011

A voz das cartas


Voltando à ativa depois de três dias. A faculdade recomeçou e tudo ficou corrido de novo, mas vou tentar separar um tempinho para falar do que tem acontecido de mais relevante. Hoje vivi uma experiência interessante e achei que seria um bom tema pra debatermos aqui.
Logo de manhã, um amigo me convidou pra acompanha-lo até uma cartomante. Como acredito que a gente precisa conhecer as coisas antes de falar, eu fui. Saí daqui lá pelas 3 da tarde e, cético como sempre, passei todo o trajeto imaginando como se processava aquela leitura. Como poderiam as cartas revelar o nosso futuro?
Quem nunca foi, imagina um milhão de coisas: Um lugar sombrio com um monte de badulaques e uma senhora cheia de penduricalhos com ar de bruxa onipotente. Para minha surpresa, chegamos a uma casa comum. Pessoas cozinhando, assistindo futebol e uma adolescente com aquelas músicas irritantes no celular. Fomos atendidos por uma senhora de cabelos brancos com aquele jeitinho de avó, uma simpatia.
Ali mesmo, em uma mesinha no quintal ela abriu as cartas para o meu amigo. Fiquei em um banco esperando, ouvindo e meditando sobre as palavras da cartomante. Amor, trabalho, saúde, enfim... Tudo foi abordado, e meu amigo saiu com aquele ar de esperança e compreensão.
Contrariando o meu ceticismo, resolvi saber o que as cartas me guardavam. Fiquei ali ouvindo à senhora por algum tempo. Outra vez os temas se passaram e eu com meus questionamentos sobre a racionalidade daquele fato. Acabaram-se as revelações, o baralho foi fechado, nos despedimos e viemos embora.
Passei o resto da noite me indagando sobre o que tinha vivido e cheguei a uma conclusão. Não me importa se daqui a um ano tudo será como foi dito. Se aquela senhorinha de cabelos brancos errar, tudo bem. As frases que ela me disse me fizeram refletir e os conselhos foram enriquecedores. Sua sabedoria me deixou com vontade de ficar ali, batendo papo por horas.
Acreditando ou não, valeu à pena por me fazer lembrar o quanto é importante dar valor às coisas simples. Se as cartas dizem alguma coisa? Também tenho esta questão. O que me marcou mesmo foi poder relembrar que a nossa felicidade só depende de nós.

André Salles

3 comentários:

  1. " Tudo vale a pena se a alma não é pequena."

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  2. O importante é que entre a dúvida e a certeza sobre o que as cartas lhe revelaram, ficou uma boa lição: a necessidade de parar para refletir sobre os conselhos recebidos. Independentemente de cartas ou adivinhações, os mais velhos contam com a sabedoria adquirida ao longo da vida, que é de imenso valor.

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  3. André, quero ver esses textos na banca do Joney, pois é lá que as coisas acontecem. Não adianta ficar escrevendo belos textos de graça no blog, enquanto os outros ganham milhares de reais para colar textos de Veja nos seus jornalecos. André, vamos colocar o Tribuna Serrana no bolso! Tenha coragem para acreditar no seu talento! Tenha coragem!!!

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