quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Culturas diferentes, homens iguais


Fiquei triste ontem quando li a declaração de Maureen Chao, vice-cônsul americana no estado indiano de Tamil Nadu. Pra quem não sabe do ocorrido, a diplomata ficou 72 horas em um trem entre Nova Déli e Orissa. Já no seu destino, Chao disse a uma sala de aula cheia de criança que a falta de banho tinha deixado sua pele “suja e escura” como a dos indianos.
Pelo amor de Deus, essa senhora tem que ser processada. É inadmissível que alguém faça um comentário destes nos dias de hoje. Onde fica o respeito pelas diferenças? Cadê o senso de humanidade? Esqueceram o ideal de igualdade, liberdade e fraternidade?
Eu fico indignado de pensar que uma pessoa pode sair do seu país e ir conviver em outra cultura se considerando superior. É deprimente vermos como os seres humanos são racistas e preconceituosos, apesar de todas as campanhas em prol da igualdade racial.
Os indianos têm uma enorme diferença cultural e social em relação ao ocidente, mas isso não significa atraso ou inferioridade. Até quando o “1º mundo” vai achar que a cor da pele define uma superioridade racial? Volto a dizer aqui, quem acredita que existe a raça ariana, a negra, a indígena... está enganado. Só existe a raça humana, o homo sapiens.
Já passou da hora de deixarmos apenas de falar em igualdade, é momento de sentirmos isto. Não pode existir mais aquela sensação de perfeição de quem vive acima da linha do equador. Hoje, o mundo mudou. Quem era colônia, agora empresta dinheiro. Quem vivia na dependência do velho mundo passou a construir o futuro do planeta.
Mais do que nunca, somos todos iguais.

André Salles

3 comentários:

  1. Puxa, o que ela disse foi totalmente sem noção.

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  2. André, seu texto é muito bom, e tem que sair desse blog. Seus textos precisam ser descobertos pela comunidade carmense. Também precisam ser descobertos pela prefeitura, que gosta mais dos textos de Juiz de Fora. Seu texto é bem melhor que os garranchos espantosos do Tribuna Serrana. Você precisa falar mais sobre o Carmo, para tentar conscientizar nossos jovens e mudar nossa sociedade.

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  3. Parabéns pelo belo texto,concordo plenamente poerque é inadimissível este ou qualquer manifesto preconceituoso.Temos que concientizar cada vez mais as pessoas sobre povos e cuturas diferentes para que atos como este diminuam.
    Abraço,ANDRÉ GOMES

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